TESTANDO PORRA

É difícil datar o enraizamento da sociedade; a primórdios o homem era nômade e hoje isso já não é lembrado mais. A dificuldade de entender o que gerou esse processo leva antropólogos e sociólogos ao campo para investigarem o presente e o passado. A verdade é que são poucas as coisas que nos movem; o conforto dos lares parece sempre agradável demais… ainda assim, existimos. Talvez a existência da profissão “treinador” tenha vindo de muita luta, até porque, de onde diabos saiu a ideia de andar por ai vivendo de rinhas?! A ideia parece caótica quando reduzida assim, mas a verdade é que nos conectamos e vivemos muito mais o mundo do que qualquer um. E digo mais; não só vivemos como conhecemos também. Há um privilégio em ser um treinador pokémon, se tem alguém que reconhece as mudanças e os feitos humanos na terra, esse “alguém” somos nós.

Não parece exagero dizer que a sociedade precise mais de nós do que nós dela.

Fomos nós que sentimos as diferenças climáticas antes de mais nada. Fomos nós também que entendemos os efeitos que isso causam na fauna e na flora. Podemos não ter sido os piores lesionados pelas chuvas de Kanto e Johto, mas certamente fomos nós que mais demoramos nos adaptar ao “novo mundo”. Até porque com novos mundos vêm também novos problemas.

E de problemas a gente entende.

Talvez por isso nós dez decidimos nos juntar. Podemos não ser os mais fortes ou os mais próximos; sinceramente? Mal nos conhecemos. O que importa mesmo é que, apesar de todos os contratempo e problemáticas, vimos e atuamos nos mais descredibilizados casos. A eterna “expectativa frustrada” e sequência de atrocidades nos fez crer. E além de crer; nos fez útil. Hoje qualquer organização que preze precisa de nós. Haverá um dia em que a autonomia chegue aos Rangers, aos Rockets ou aos “Team Elementais”, mas esse dia definitivamente não chegou.

Se vamos agir, que ajamos com cautela, organização e ajuda.

Num ato mirabolante a Requiem nasce. A sociedade que, antes de tudo, é um grupo de treinadores que vive no meio da desavença. Talvez o único objetivo em comum seja evitar a morte das nossas próprias experiências. Talvez, apenas talvez, o nacionalismo ressurja em alguns desses grupos, mas cabe a nós fazer o que for preciso (no limite de cada um) para que o “mundo pokémon” ainda exista.

Somos um grupo que reconheceu a impossibilidade de fazer isso sozinho - e antes mesmo de qualquer um nos dizer. Somos também um grupo onde cada um preza por seu próprio ideal mas, ao mesmo tempo, concordamos que isso não nos retira a culpa e a responsabilidade sob as atualidades problemáticas.

Reafirmo: somos um grupo de nômades e mais do que isso não podemos dizer. O comportamento nômade é, por natureza, coletivo. Coletivo não é igual; alinhamento não é de natureza justa, até porque, não há justiça na natureza. Há apenas isso… natureza.

A sociedade tem como foco juntar-se na busca, afirmação e feitura de contratos e missões; apesar da limitação moral de cada participante, o grupo não se limita a um ideal ou ideologia, acreditando na singularização da ética e responsabilidade dos seus membros para com os próprios atos.

Temos como meta nos informar sobre as situações atuais do globo e das ações humanas; atuar nas devidas precauções de crimes contra a humanidade e sua existência; ir contra hegemonias eugenistas e/ou problemáticas de modo generalizado & mesclar diversas convivências em uma comunidade, atrelando identidade, fama e respeito aos membros e organizações parceiras.